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morremos de rir no horário eleitoral

sábado, 13 de novembro de 2010

Flores amarelas.

Acho que eu era uma criança estranha. Lembro-me de um dia q saí de bicicleta. Aquela bicicletinha cor-de-rosa com um cestinho branco na frente. Fui até um terreno onde tinha flores amarelas e colhi umas quantas e coloquei-as no cestinho da bicicleta. Então, eu parei em uma calçada perto de casa, e entregava uma flor para todo mundo que passava, mesmo não conhecendo ninguém. Eu lembro que algumas mulheres sorriam. Talvez fosse isso que eu queria, ver um sorriso no rosto das pessoas. E eu apenas sorria de volta. Mesmo que elas achassem estranha essa atitude, ainda mais vinda de uma menininha de seis anos. Mas eu fico pensando no porque de tantos anos depois a lembrança desse dia continuar tão viva em minha memória. Talvez está querendo dizer que essa menininha estranha ainda sou eu, apenas crescida. Mas ainda cheia de sonhos, com vontade de mudar o mundo. Eu sei que aquelas flores que distribuí não mudaram o mundo, mas eu lembro o quanto me senti importante por isso.

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