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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Saudade do que não foi.

Ela fala por todas as coisas que buscava e encontrava em uma só pessoa. Os dias amanheciam coloridos, com cara de férias de escola, porque ela sabia que logo ele estaria lá, explosivo, emotivo, apaixonado por tudo, brilhando à luz do sol. E todo mundo olhava, e ela sorria, e sabia o quanto ele a entorpecia com o veneno mais doce, dando-lhe a agradável sensação de estar viva. Ele a carregava pela casa e brigavam de mentirinha. Ela sempre sabia o que dizer e ele ficava surpreso, e os dois acalmavam-se no mais tenro laçar de braços. E o tempo passava doce e calmo por entre dois sorrisos. Ele não exigia o amor dela e ela não exigia o amor dele, mas o amor, porém, os abraçava todos os dias sem que precisassem pedir. Linda Gabriela. Não sabe que esse poema é para ela, sem que exista, embora real na doçura do encontro de dois corpos. Ela tem costume de ter saudade do que nunca aconteceu. E ele pensa nela todos os dias. E isso tudo foi amor.

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