mas nós dançamos no silêncio

choramos no carnaval

não vemos graça nas gracinhas da tv

morremos de rir no horário eleitoral

sábado, 13 de novembro de 2010

Flores amarelas.

Acho que eu era uma criança estranha. Lembro-me de um dia q saí de bicicleta. Aquela bicicletinha cor-de-rosa com um cestinho branco na frente. Fui até um terreno onde tinha flores amarelas e colhi umas quantas e coloquei-as no cestinho da bicicleta. Então, eu parei em uma calçada perto de casa, e entregava uma flor para todo mundo que passava, mesmo não conhecendo ninguém. Eu lembro que algumas mulheres sorriam. Talvez fosse isso que eu queria, ver um sorriso no rosto das pessoas. E eu apenas sorria de volta. Mesmo que elas achassem estranha essa atitude, ainda mais vinda de uma menininha de seis anos. Mas eu fico pensando no porque de tantos anos depois a lembrança desse dia continuar tão viva em minha memória. Talvez está querendo dizer que essa menininha estranha ainda sou eu, apenas crescida. Mas ainda cheia de sonhos, com vontade de mudar o mundo. Eu sei que aquelas flores que distribuí não mudaram o mundo, mas eu lembro o quanto me senti importante por isso.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tem lugar pra mim?

Tudo aquilo que eu quero falar pra você. Tudo o que faz parte do que te torna grande. Toda a tua calma e todo brilho dos teus olhos. Todo pensamento meu que te alcança. Todos os sorrisos que tu colocas em teu rosto. Toda a paz que me dá. Toda a graça quando tudo está sem graça. Toda vez que trocas a musica. Todas as músicas que me lembram você. Toda chuva calma. Toda calmaria. Todas as letras do teu nome em minha testa. Toda vergonha em cada silêncio. Todo meio-abraço. Todas as vontades. Todos os segredos. Toda a beleza, todo sentimento em cada respiração. Tudo aquilo que eu quero falar pra você. Tudo aquilo que ainda não falei. Subentendido.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

paraíso virtual.


Vulcões em erupção matando centenas. Ondas gigantes e terremotos matando milhares. Furacões levando casas e vidas. Fogo queimando as matas e as plantações. Rios secando, animais e pessoas morrendo... Inundações. Milhões de pessoas desabrigadas... Geleiras derretendo acabando com a vida animal nas regiões polares. É... a natureza está dando os primeiros sinais e os últimos suspiros. É o começo do fim. E os bundões continuam achando que é tudo infinito. Todo mundo se embriagando no etanol. Petróleo, sal, água, madeira, pele, gente. E matam a alma! A nossa alma e alma do planeta!
Todos!! Um bando de robôzinhos manipulados por essa sociedade capitalista. Gente que não têm mais vida e ainda contribuem para acabar com a vida do mundo. Materialismo, consumismo, babaquice, falta de amor... E ainda nos obrigam a escolher um presidente da República. Que república?? Só se for dos idiotas!!!

"um calor infernal congela o teu sorriso."